sábado, 18 de dezembro de 2010

CONQUISTA!




"Querer descrever um estado de felicidade, que está para além de toda a experiência humana, com uma linguagem tirada da experiência diária é como querer tocar obras de Wagner com os dentes de um pente." (R. Knox)

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Reflexão de uma PEDAGOGA FELIZ!


Não é o fim... mas o início de uma longa caminhada.
Ouvi e falei muito. Fiz grandes amizades, aprendi com os colegas e professores, também deixei um pouco de mim. Errei bastante, mas os acertos superaram os erros.
De tudo, o que mais marcou foi conhecer diferentes autores e suas ideias, Freire, Piaget, Maturana, Becker, Freud, e outros, cada um com sua parcela de contribuição para uma reflexão mais crítica sobre o fazer docente, o respeito à singularidade e a sensibilidade ao planejar.
Quero deixar registrado meu interesse pela Psicologia, jamais esquecerei a professora Jaquelini Picetti, que oportunizou inúmeros momentos de reflexão e entendimento, esses, aconteceram para mim, no lugar certo e na hora certa, foi em 2008.
Todas interdisciplinas foram importantes, mas a "LIBRAS - LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS", professora Carolina, será a minha opção, antes de iniciar a Pós. A força de vontade da professora e a capacidade de comunicação mesmo surda, me fascinou.
Agradeço a DEUS pela oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas dessa família tão privilegiada que é a "UFRGS", pessoas sintonizadas nas transformações da vida, que enfatizam a importância da responsabilidade com a educação, democracia, ética e cidadania.

"[...] Se você quiser alguém em quem confiar, confie em si mesmo,
quem acredita sempre alcança [...]

[...] Nunca deixe que lhe digam
que não vale a pena
Acreditar no sonho que se tem[...]
[...] Quem acredita sempre alcança.
Renato Russo

domingo, 21 de novembro de 2010

EIXO VIII - Estágio Docente

Através do estágio curricular, tive a oportunidade de conhecer melhor a realidade escolar, o que favoreceu as minhas reflexões sobre o fazer docente e as diferentes formas de integração entre a teoria e a prática.
Tendo como fundamentação teórica Freire, Piaget, Becker, Magdalena e Costa, Tardif, Maturana, Marques, Paré, entre outros, com diferentes ideias que muito contribuíram para esclarecer as questões apresentadas no cotidiano, buscando um fazer pedagógico mais dinâmico e transformador.

O amor é a emoção que constitui o domínio de condutas em que se dá a operacionalidade da aceitação do outro como legítimo outro na convivência, e é esse modo de convivência que conotamos quando falamos do social (Maturana, 1998,p. 23).
Maturana resgata a vida, o amor, como centro de todos os processos para melhorar a convivência. A linguagem se fundamenta nas emoções. Essas leituras me ajudaram a entender melhor as relações entre as pessoas, o tempo de cada um, a autonomia.
Paulo Freire nos provoca a refletir sobre a importância da educação para a libertação, desenvolvendo diferentes métodos e oportunizando uma educação crítica, reflexiva, questionando a realidade, na interação e cooperação. A proposta do projeto de aprendizagem que realizei com meus alunos, considerou esses diferentes conceitos e promoveu uma aprendizagem constante. Numa construção do conhecimento, conforme a teoria de Piaget e as etapas do desenvolvimento cognitivo.
De acordo com Becker (1992) “[...] o sujeito humano é um projeto a ser construído; o objeto é, também, um projeto a ser construído. Sujeito e objeto não têm existência prévia, a priori: eles se constituem mutuamente, na interação. Eles se constroem.”

A proposta dos Projetos de Aprendizagem confirmou um ponto de vista, que a aprendizagem se dá a partir de uma educação problematizadora, na construção e reconstrução constante do conhecimento.
Como educadora percebo que o processo de ensino-aprendizagem depende da disposição diária de ambas as partes, educando/educador. Onde o educador aprende ao ensinar e o aluno ensinar ao aprender, proporcionando momentos de troca, que valorizam as particularidades dos envolvidos.
Trabalhar com anos iniciais e planejar de acordo com a necessidade de cada um, não é fácil, envolve muita dedicação e vontade de fazer diferente. Proporcionar situações de ação, cooperação, reflexão, requer do educador planejamento, conhecimento, pois o saber precisa estar vinculado ao fazer.
Entendo que o conhecimento é uma conquista que nunca chega ao fim, por isso devo sempre aprender o meu aluno, buscar entender o que ele quer e com ele ensinar e aprender, numa troca recíproca e constante.
É relevante citar que a aprendizagem deve ser pensada para além da comunidade escolar, numa construção social. No cotidiano da sala de aula, nas diferentes atividades propostas, busquei a interação, a cooperação, o respeito mútuo, a reflexão, onde o educando foi sujeito ativo da própria aprendizagem.



Referências bibliográficas:
BECKER, Fernando. O que é construtivismo? Revista de Educação AEC, Brasília, v. 21, n. 83, p. 7-15, abr./jun. 1992. Disponível em: http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo6/psicologiaii/construtivismo.html

Acesso em: 16 de dez. 2010.

MATURANA, Humberto. Emoções e Linguagem na Educação e na Política. Belo Horizonte: UFMG, 2002. Disponível em: http://www.scribd.com/doc/7010173/Humberto-Maturana-EmoCOes-e-Linguagem-Na-EducaCAo-e-Na-PolItica

Acesso em: 16 de dez. 2010.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

EIXO VII - Reflexão

As interdisciplinas do VII semestre, tanto quanto as anteriores, precisam ser constantemente relembradas, pois falar em “Didática, Planejamento e Avaliação” no fazer docente é fundamental. A professora Luciana Picolli, nos oportunizou momentos de reflexão nos textos apresentados e conversas realizadas através dos grupos de trabalhos, fórum e bate-papos informais.
A relevância de aliar o "para quê" ao "como" é fundamental, pois o planejamento é essencial ao ser humano. Ficou evidente na minha prática, que a realidade do aluno está vinculada à sua aprendizagem, tornando-se mais expressiva, pois contribui de fato para uma reflexão crítica e participativa, “preparar cidadãos e cidadãs para compreender, julgar e intervir em sua comunidade, de uma forma responsável, justa, solidária e democrática” (Santomé, 1998. p.4).
De acordo com as palavras do texto “Paulo Freire: a leitura do mundo”, escritas por Frei Bettto, [...] O trabalho humaniza a natureza e, ao realizá-lo, o homem e a mulher se humanizam. [...] Ensinou a Ivo que a leitura de um texto é tanto melhor compreendida quanto mais se insere o texto no contexto que Ivo extrai o pretexto para agir.
Na interdisciplina de “Educação de Jovens e Adultos – EJA”, ministrada pelas professoras Anézia Viero e Carmen Brunel, a mensagem de que não existe uma receita pronta e o aluno aprende quando participa, através de suas próprias ações, com diálogo em todos os momentos entre educador e educando, foi entendida com clareza. Mesmo sendo uma categoria organizacional, com finalidades e funções específicas, a interação, e o respeito mútuo são fundamentais.
Em relação à especificidade cultural, a EJA se destaca pela diversidade dos alunos, cada um com suas particularidades, alguns com uma trajetória de vida mais experiente, outros não, pela diferença de idade. Para Marta Kohl de Oliveira “a escola voltada à educação de jovens e adultos, portanto, é ao mesmo tempo um local de confronto de culturas”.

Na interdisciplina de “Linguagem e Educação” com a professora Patrícia Camini, refletimos sobre o modelo padrão de ensino que a escola segue.
Nas palavras da autora Ângela B. Kleiman no texto “Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola” (2006), entendeu-seque a escola não se preocupa com o letramento social e sim apenas com um tipo de letramento, a alfabetização, porque direciona seu trabalho simplesmente para o método de obtenção de códigos alfabéticos, numéricos, e esses por muito tempo foram suficientes para diferenciar o alfabetizado do analfabeto. Sem levar em consideração o letramento social, adquirido com a família, a sociedade, eliminando assim o processo natural de desenvolvimento do ser humano.
Articulando com meu TCC, fica evidente a necessidade de abandonar os métodos repetitivos, linguagem particular, baseados na descontextualização. O uso de temas geradores na prática pedagógica, contribui para a construção de uma educação libertadora, onde alunos e professores estão comprometidos com a transformação social, considerando os interesses e as curiosidades da maioria, fortalecendo com isso a da cidadania.

Referências:
FERREIRA, Lucinete. O contexto da prática avaliativa no cotidiano escolar. In:_____. Retratos da avaliação: conflitos, desvirtuamentos e caminhos para a superação. Porto Alegre: Mediação, 2002. P.39-61.
SANTOMÉ, Jurjo Torres. As origens da modalidade de currículo integrado. In:______. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998, p.9-23.
JAPIASSU, Hilton. A questão da interdisciplinaridade. Revista Paixão de Aprender. Secretaria Municipal de Educação, novembro, n°8, p. 48-55, 1994.
TRINDADE, Iole Maria Faviero. Não há como alfabetizar sem método? - no prelo.
TRINDADE, Iole Maria Faviero. GERMANO, Letícia. Olhares sobre a experiência docente.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

EIXO VII - LIBRAS

A interdisciplina de “Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS” despertou em mim um profundo interesse em buscar novas aprendizagens sobre a comunicação com os surdos e a melhor maneira de expressar os sentimentos. Pois cada pessoa tem suas particularidades e essas precisam ser consideradas.
Conhecendo a professora Carolina e toda sua força de vontade, percebi que podemos favorecer o diálogo sem grandes dificuldades no entendimento.
Nas leituras, “A importância do conhecimento histórico”, “Educação de surdos”, conforme as palavras: Segundo Eriksson (1998), existem várias histórias que explicam o surgimento e desenvolvimento do conceito de surdo no mundo. Antes de Cristo, os surdos eram tidos como “deuses” ou seres diabólicos, os quais precisavam ser punidos. Na Antiguidade, os surdos, devido ao fato de não falarem, não eram considerados “humanos”, nem cidadãos, mas sim incapazes. Eram até mesmo proibidos de casar. Por isso não estudavam e não freqüentavam escolas.

Diversas vezes me expressei mal, ao dizer “linguagem de sinais”, quando o correto é “língua de sinais”, da mesma forma errava ao me referir, “surda-muda”, quando o correto é pessoa “surda”.
Articulando com meu TCC, mesmo os ouvintes, quando não encontram espaço para a interação, sentem-se excluídos e incapazes. Pois não basta ouvir somente, é preciso fazer parte e se fazer entender.

O meu interesse pela LIBRAS não terminou com a interdisciplina, pretendo realizar diferentes cursos, numa formação continuada e fazer a diferença por onde passar.


Referências:
Texto de Harlan Lane, retirado do livro “A Máscara da Benevolência: a comunidade surda amordaçada”, que apresenta a política de ensino de surdos em diferentes países. Disponível em: http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/libras/unidade3/atividades.htm
Acesso em: 17 nov. 2010.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

UFRGS - Eu faço parte dessa história.


Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre. Paulo Freire


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

EIXO VI

Articulando as interdisciplinas do VI semestre com meu TCC, começo com a “Psicologia II”, ministrada pela professora Jaqueline Picetti. No texto de Fernando Becker “Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos”, compreendi as teorias do conhecimento e o processo de construção da aprendizagem.
A relevância da aprendizagem, quando o educador considera os anseios, as curiosidades do educando, instigando-os a construírem uma aprendizagem significativa e prazerosa. O professor precisa "aprender" seu aluno. E isso que lhe dá legitimidade para ensinar. O professor que não "aprende" seu aluno não adquire legitimidade para ensinar, salienta Becker.
No texto, “Epistemologia Genética” de Tania B. I. Marques e “O que é construtivismo” de Fernando Becker, pensei no conceito de “ação” como promotora de aprendizagem.
De acordo com o Projeto de Aprendizagem, são relevantes as palavras de Piaget, o indivíduo constrói e reconstrói continuamente as estruturas que o tornam cada vez mais apto ao equilíbrio. Numa atividade fundamentada no diálogo, na cooperação, na reflexão, no respeito mútuo, o processo de construção do conhecimento se dá de forma igual para o educando e o educador, onde em diferentes situações problemas, ambos aprendem constantemente.
Nas demais interdisciplinas, “Educação Especial”, “Filosofia da Educação”, “Sociologia e História” e “Seminário Integrador VI”, destaco a necessidade de uma escola, com um currículo que valorize os interesses e as particularidades de cada educando, libertando-os do egocentrismo e desfazendo pré-conceitos sobre diferentes culturas, etnias, ancestralidade, auto-estima, sucesso ou fracasso escolar, discriminação racial e social, deficientes físicos.
Na “Educação Especial” com a orientação do professor Claudio Baptista e a tutora Maria José (Zezé), enfatizo a atividade "Dossiê de Inclusão" disponível em:
http://dossiedeinclusaofabihahn.pbworks.com/, com inúmeros momentos de reflexões sobre o cotidiano de um aluno com deficiência física e aprendizagens significativas sobre as singularidades e o respeito ao próximo.

Referências:
BECKER, Fernando. O que é construtivismo? Revista de Educação AEC, Brasília, v. 21, n. 83, p. 7-15, abr./jun. 1992. Disponível em:
http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo6/psicologiaii/construtivismo.html
Acesso em: 29 de out. de 2010.

MARQUES, Tania Beatriz Iwaszko. Epistemologia genética e construção do conhecimento. Disponível em:
http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo6/psicologiaii/epistemologia_genetica_e_construcao_do_conhecimento.pdf
Acesso em: 29 out. 2010.

EM BUSCA DE UMA ANCESTRALIDADE BRASILEIRA - Daniel Mundurucu
Disponível em:
http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo6/etnico_raciais/texto_daniel_munducuru.pdf
Acesso em 29 de out. de 2010.
Esse texto faz parte da seguinte publicação:
PREFEITURA DE ALVORADA. Secretaria Municipal de Educação. FAZENDO ESCOLA, vol. 02, ano 2002, p. 40-42.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

SI IX - EIXO V

No Seminário Integrador V, contamos com a mediação da professora Nádie e Marie Jane para desenvolvermos uma atividade instigante e envolvente, o “PA - Projeto de Aprendizagem”, http://preferenciasmasculina.blogspot.com/.
Realizado em grupo, foi uma proposta que me fez pensar melhor no verdadeiro papel do aluno e do professor no processo de construção do conhecimento.
Entendi que uma aprendizagem significativa, além de contar com a motivação do professor em saber fazer o aluno aprender, está sujeita ao interesse do aluno, sendo fundamental levar em consideração seu conhecimento prévio, anseios e curiosidades.
Tive a oportunidade de conhecer a proposta do PA e nela perceber que, estamos sempre aprendendo e renovando nossa autoria, de maneira autônoma e responsável.
Outra interdisciplina e tão fundamental quanto às demais, foi “Psicologia da Vida Adulta”, ministrada pela professora Jaqueline Picetti.
Na leitura do texto proposto, “Introdução à Psicologia da Vida Adulta” da Dra Tania Beatriz Iwaszko Marques, Dra Luciane Magalhães Corte Real, Jaqueline dos Santos Picetti, percebi que diante de comportamentos que evidenciam diferentes interesses, torna-se fundamental conhecer os alunos e entender que cada indivíduo é único.
Articulando com meu TCC, as interdisciplinas citadas são de extrema relevância, o Seminário possibilitou conhecer a metodologia de desenvolvimento na prática. A Psicologia, as etapas do desenvolvimento humano e as diferentes possibilidades de aprendizagem de cada um.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

EIXO IV – SI IX

Relendo minhas postagens e os comentários dos professores, na Interdisciplina do Seminário Integrador IV, afirmo que a aprendizagem se deu de forma muito significativa.
Nas palavras do professor Antônio Falcetta:
“[...] Considera que adiante esses registros serão importantes para a tua auto-análise e para a produção do teu trabalho de conclusão. Daí a necessidade de postagens sistemáticas, como vens fazendo, porém com a anotação de conceitos e conteúdos teóricos, com a indicação de textos, páginas, autores, que possam ser buscados quando tiveres de organizar no teu portfólio resultados e conclusões. [...] comentários objetivos, referências teóricas, sínteses de leituras, relato de experiências e, importante, questões levantadas por ti para a tua investigação.” (Antônio, 08 abril de 2008, disponível em: A Importância da Comunicação - comentários
).


Fui questionada sobre a forma correta de registrar esses momentos de crescimento pessoal e profissional. Fui instigada a demonstrar claramente a minha maneira de interpretar os textos e extrair deles os ensinamentos para a prática. Aprendi que podia ter um olhar mais crítico, diante das ações e reflexões vivenciadas.
Cito a atividade “Plano Individual de Estudo - PIE”, onde destaquei como principal objetivo, a clareza nas apresentações orais, pois acredito que é fundamental se fazer entender. E hoje, diante dos comentários que recebo, sei que consigo organizar e apresentar com mais segurança meus objetivos.
Para nós educadores e igualmente para os educandos, a autoconfiança é fundamental na construção do conhecimento.
Articulando com meu TCC, enfatizo a relevância do texto “Perguntas Inteligentes: O que é isto?”, extraído do livro Internet em Sala de Aula (MAGDALENA; COSTA, 2003).
Uma metodologia fundamentada nos interesses do educando, uma ação com o meio em que estão inseridos, objetivando autonomia e autoria na construção do conhecimento, competindo ao educador à mediação desta aprendizagem.

Referências:
MAGDALENA, Beatriz C. e COSTA, Iris E.T. Internet em Sala de Aula: com a palavra os professores. Porto Alegre : Artmed, 2003.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

EIXO III - TCC

Nesta postagem, as interdisciplinas contempladas serão de “Literatura Infantil e Aprendizagem”, professora Maximira e “Ludicidade e Educação”, professor Elder Cerqueira.
Achei fundamental destacar em Literatura, o texto sugerido “Capítulo 1 do livro “Literatura Infantil: gostosuras e bobices”, de Fanny Abramovich”, que enfatiza a relevância do contar e ouvir histórias na vida de uma criança e consequentemente na sua aprendizagem.

"Ler histórias para crianças, sempre, sempre... É poder sorrir, rir, gargalhar com as situações vividas pelas personagens, com a idéia do conto ou com o jeito de escrever dum autor e, então, poder ser um pouco cúmplice desse momento de humor, de brincadeira, de divertimento..."

Aprendi que saber contar uma história faz toda a diferença para quem ouve e também para quem conta. Adentrar nesse mundo de contação de histórias é se permitir e também permitir ao outro, momentos de encantamento e imaginação. O tom de voz, a fala diferenciada de cada personagem, a mensagem que quero passar, são detalhes que devem ser valorizados.
"É ouvindo histórias que se pode sentir (também) emoções importantes, como a tristeza, a raiva, a irritação, o bem–estar, o medo, a alegria, o pavor, a insegurança, a tranqüilidade, e tantas outras mais, e viver profundamente, tudo o que as narrativas provocam em quem as ouve – com toda a amplitude significância e verdade que cada uma delas fez (ou não) brotar... Pois é ouvir, sentir e enxergar com os olhos do imaginário! "

Perceber que através da contação de histórias podemos esclarecer inúmeras dúvidas, preconceitos, temores, diferentes etnias, e de forma prazerosa, é satisfatório. São momentos que possibilitam uma aprendizagem significativa, levando em consideração o interesse dos alunos, fugindo dos conteúdos maçantes.

Nas palavras de Fanny Abramovich:
“O ouvir histórias pode estimular o desenhar, o musicar, o sair, o pensar, o teatrar, o imaginar, o brincar, o ver, o escrever...” [ABRAMOVICH, Fanny, 1995:23]

Em Ludicidade, destaco o texto “Sala de aula é lugar de brincar?” de Tânia Fortuna. De forma clara e objetiva ela nos faz entender que o ato de educar combina com a ação que é o brincar, uma forte aliada do ensino aprendizagem.
E o educador deve conciliar de forma clara os objetivos pedagógicos com os desejos e curiosidades dos alunos.
Realizamos uma atividade com sucatas, os alunos usaram a criatividade para inventar brinquedos, preservando a natureza, valorizando suas construções, reutilizando o que poderia ir para o lixo, numa interação prazerosa.

Articulando com meu TCC, as propostas das interdisciplinas citadas, do mesmo modo provocam o aluno a pensar, ter curiosidade, buscar soluções, questionar, descobrindo diferentes caminhos na construção do conhecimento, de forma participativa.


Site:
Sala de aula é lugar de brincar? Tânia Ramos Fortuna
Disponível em:
http://brincarbrincando.pbworks.com/f/texto_sala_de_aula.pdf
Acesso em: 23 de setembro de 2010.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

“[...] o conhecer é uma ação efetiva”

No texto “TRANSFORMAÇÕES NA CONVIVÊNCIA SEGUNDO MATURANA” de Luciane M. Corte Real, achei interessante destacar a necessidade de transformação na cultura e o quanto isso influencia em nossas vidas, “[...] os seres vivos são autônomos e auto-produtores, ou seja, capazes de produzir seus próprios componentes ao interagir com o meio: vivem no conhecimento e conhecem no viver (p.2).

"Todo fazer é um conhecer e todo conhecer é um fazer" (MATURANA; VARELA, 2002, p. 31).

Referências:
MATURANA; VARELA, Francisco. A árvore do conhecimento. São Paulo : Palas Athena, 2002.
REAL, Luciane Corte. Aprendizagens Amorosas na Interface Escola, Projetos de Aprendizagem e Tecnologias Digitais. Tese defendida em 10/07/2007. Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação. Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação, Porto Alegre. Orientadora Cleci Maraschin.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Artigo 205 da nossa Constituição Federal de 1988:

A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

“Afinal, a educação escolar é uma dimensão fundante da cidadania e tal princípio é indispensável para a participação de todos nos espaços sociais e políticos e para (re)inserção qualificada no mundo profissional do trabalho.”(Cury, p.1)

Disponível em:
http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo5/organizacao_gestao/modulo1/jamilcury.pdf
Acesso em 15 set. 2010.

EIXO II, Psicologia I

Na interdisciplina “Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia I”, tive a oportunidade de estudar inúmeros conceitos de Repressão, Inconsciente, Transferência, Id, Ego e Superego, desenvolvimento afetivo e suas fases. Pude refletir profundamente sobre a relação aluno-professor, a prática, e as estratégias para possibilitar a ação reflexão.

No filme proposto, “Freud Além da Alma” e nos textos sugeridos, Freud explica que o desejo de aprender surge da curiosidade que o individuo tem de descobrir o mundo. Na perspectiva psicanalítica o aluno não se sente motivado a aprender pelo conteúdo e sim pela relação estabelecida entre professor e aluno.
Com isso é evidente que o diálogo entre ambos é fundamental, para que o aluno possa falar quem ele é e o que ele pensa, trocando conhecimentos e experiências, respeitando princípios, pois as crianças vêm de diferentes realidades e experiências e se deparam na escola, com outra realidade, bem diferente da conhecida até o momento, reprimindo o que até então parecia ser o correto.

Articulando com meu TCC a “Epistemologia Genética” estudada é a mais conhecida concepção construtivista da formação da inteligência.
Jean Piaget, em sua teoria, explica como o indivíduo, desde o seu nascimento, constrói o conhecimento.
O construtivismo explica como a inteligência humana se desenvolve, partindo do princípio que o desenvolvimento da inteligência é determinado pelas ações mútuas entre o indivíduo e o meio. A idéia é que o homem não nasce inteligente, mas também é passivo sob a influência do meio, isto é, ele responde aos estímulos externos agindo sobre eles para construir e organizar o seu próprio conhecimento, de forma cada vez mais elaborada.
A construção do conhecimento é um processo de sucessivas mudanças qualitativas e quantitativas das estruturas cognitivas, ou seja, a pessoa constrói e reconstrói continuamente as estruturas que a tornam cada vez mais apta ao equilíbrio.

“Construtivismo não é uma prática, ou um método; não é uma técnica de ensino nem uma forma de aprendizagem; não é um projeto escolar; é, sim, uma teoria que permite (re)interpretar todas essas coisas, jogando-nos para dentro do movimento da história – da humanidade e do universo” (BECKER, 2001, p. 72).
“O bom experimentador deve, efetivamente, reunir duas qualidades muitas vezes incompatíveis: saber observar, ou seja, deixar a criança falar, não desviar nada, não esgotar nada e, ao mesmo tempo, saber buscar algo de preciso, ter a cada instante uma hipótese de trabalho, uma teoria, verdadeira ou falsa, para controlar\" ( Piaget, 1926, p.11).

Destaco Piaget, Becker, Freud, Maturana, entre outros que me auxiliam constantemente no planejamento crítico e consciente, em todos os aspectos, oferecendo recursos e meios favoráveis para transformar a sociedade.
Referências:
PIAGET, Jean. O desenvolvimento mental da criança. In: Seis estudos de psicologia. Rio de Janeiro: Forense.
BECKER, Fernando. Ensino e construção do conhecimento: o processo de abstração reflexionante. In: Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: ARTMED, 2001.
BECKER, Fernando. O que é construtivismo? in Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: ARTMED, 2001.
OLIVEIRA, Marta K. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento, um processo sócio-histórico São paulo, Scipione, 1993.

sábado, 11 de setembro de 2010

EIXO I, TICs e o TCC

A interdisciplina de “Educação e Tecnologias da Comunicação e Informação - TICs” proporcionou aprendizagens significativas que contribuem até hoje na utilização e exploração dos recursos virtuais.
Relacionando com o meu TCC, o Projeto de Aprendizagem permite que o aluno se aproprie de diferentes ferramentas, virtuais ou não, podendo de forma cooperativa, investigar, construir e reconstruir seus conhecimentos, num processo constante.
Contudo é necessário contar com a orientação do educador sobre os métodos do ponto de vista pedagógico.

Material de apoio:
Interação, colaboração e cooperação em ambiente de aprendizagem computacional. Disponível em
http://www.labin.lasalle.tche.br/infoedu/blog_pedagogico/textos/texto_interacao.pdf

Acesso em: 11 set. 2010.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

EIXO I e o TCC

Na primeira atividade proposta pela interdisciplina de Escola, Cultura e Sociedade- Abordagem Sociocultural e Antropológica, tivemos a oportunidade de refletir sobre “o que é ser professor” e “o que significa trabalho docente”.

"O problema principal do trabalho docente consiste em interagir com alunos que são todos diferentes uns dos outros e, ao mesmo tempo, em atingir objetivos próprios a uma organização de massa baseada em padrões gerais". (p. 24).
Sendo a pedagogia uma tecnologia que está em constante transformação pelo professor, esse deve interagir com os alunos podendo propiciar momentos de aprendizagem de acordo com as exigências necessárias. Numa troca de informações, não se limitando somente a perguntas e respostas prontas. Atingindo a satisfação de todos os envolvidos, numa troca de experiências e conservando suas individualidades.
Tardif deixa claro no texto a importância do trabalho docente “a pedagogia é a “tecnologia” utilizada pelos professores em relação ao seu objeto de trabalho (alunos), no processo de trabalho cotidiano, para obter um resultado (a socialização e a instrução).”
Articulando com as intenções do meu TCC, é importante também citar a interdisciplina de Escola, Projeto Pedagógico e Currículo, enfatizando a liberdade de expressão que algumas vezes acontece só na teoria. Destacando o currículo como elo que liga a teoria e a prática, orientando sobre como, quando e o que ensinar.

Referências:

ANTUNES, Angela; PADILHA, Paulo Roberto Projeto Político-Pedagógico: Caminho para uma Escola Cidadã mais bela, prazerosa e aprendente. Revista Pátio. Ano VII Nº 25 - Projeto político-pedagógico - Fevereiro 2003 - Abril 2003.

TARDIF, Maurice. O trabalho docente, a pedagogia e o ensino. Cap. 3. p. 112 – 149. In Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2003. Disponível em:
http://www.ufrgs.br/tramse/pead/textos/tardif.rtf

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Focalizando as intenções do TCC


Como os PAs fazem emergir uma nova concepção de currículo?

Nosso primeiro encontro com o orientador Nilton e a tutora Andrea foi bem esclarecedor. Tivemos a oportunidade de sanar muitas dúvidas sobre a proposta inicial de investigação. Permanecendo a mesma pergunta, decidimos o livro, para a realização do fichamento.
Espero desenvolver e concluir o meu TCC com muita dedicação. Acredito que a leitura do livro escolhido “Conscientização – Paulo Freire”, contribuirá para uma educação como prática libertadora.


Autor: PAULO FREIRE
Editora: Centauro
ISBN: 8588208148
Origem: Nacional
Ano: 2006
Edição: 3
Número de páginas: 116
Acabamento: Brochura
Formato: Médio






sábado, 28 de agosto de 2010

TCC - Trabalho de Conclusão de Curso

Neste último semestre, a maior preocupação é o TCC. Preciso decidir o tema e a partir deste construir um trabalho significativo para mim e para todas as pessoas que fazem parte desta caminhada.
No dia 23 de agosto, tivemos a primeira aula presencial do Seminário Integrador IX, muitas dúvidas foram esclarecidas, mas a principal que é sobre a questão norteadora exata, ainda permanecerá até a próxima aula com os orientadores do TCC.

Inicialmente a proposta (Projeto de Aprendizagem) de investigação seria de “como adequá-la ao cotidiano escolar, sem fugir das responsabilidades de um currículo que demanda a obrigatoriedade dos conteúdos escolares propostos?” (proposta retirada do meu relatório de estágio)

Conversando com algumas colegas e tutoras, percebi a amplitude da proposta. Pensei então em “como os PAs fazem emergir uma nova concepção de currículo?”, mas vou aguardar orientações na próxima aula.

Sabemos que esta proposta é inovadora e encontra resistência por parte dos educandos e educadores, mas podemos fazer a diferença na construção das propostas pedagógicas.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

PENÚLTIMA BANCA - 05/07/2010.

Foi muito agradável participar de uma banca ao lado de colegas tão queridas. Essa foi especial, a emoção tomou conta de todos. Consegui deixar claro o quanto foi satisfatório a realização do meu estágio. O crescimento foi tanto pessoal, quanto profissional. São momentos, desde o início da faculdade que permanecerão para sempre na minha lembrança.

Na foto, eu, Cari e a Pati Barbosa.

“Ao viver, fluímos de um domínio de ações a outro, num contínuo emocionar que se entrelaça com nosso linguajar” (MATURANA; ZÖLLER, 2004, p. 9).


E o conceito foi... "A"! Aprendemos sempre!


Professor Nilton Pereira e a tutora Fabiana Leffa.

VIVENDO E APRENDENDO!

Percebe-se que diante de um mundo individualista e competitivo, para muitas pessoas a diferença é motivo de discriminação. Mas nós educadores podemos mudar esse preconceito dentro e fora da escola, buscando um mundo mais solidário, onde a diferença é motivo de enriquecimento e complementação.

Muitas são as vias, que nós,educadores,criativamente, podemos traçar para atender as essências contidas nas vozes dos alunos afro-brasileiros,no entanto, a Dra. em Educação da Emory, Universidade dos Estados Unidos, no curso promovido pelo NAP (Letras- UFRGS), afirmou que os professores devem ser orientados no sentido de entender as culturas, mudar as crenças preconceituosas que eles têm sobre os alunos, de modo a descobrirem o gênio que há dentro de cada criança. (pag.3)

No PA - Projeto de Aprendizagem, percebi o quanto era importante reincantar os alunos para construir novas aprendizagens. Os alunos eram muito acomodados, outros se achavam detentores do saber e isso bastava. Sempre considerei o conhecimento prévio de cada aluno e procurei relacionar com o saber escolar, pensando a realidade de cada um. Acredito que o processo de aprendizagem foi de grande valia para todos.
Nas atividades propostas, busquei a interação com o aluno, tornando-os sujeitos da própria aprendizagem com responsabilidade. A participação acontecia em todos os momentos, diariamente sentavam em grupos e trabalhavam com muita cooperação, na dúvida de uns, outros ajudavam, na correção dos temas, muitas vezes era realizado no quadro pelos alunos.
Como educadora percebi que o processo de ensino-aprendizagem depende da disposição diária de ambas as partes, aluno/educador. O educador aprende ao ensinar e o aluno pode ensinar ao aprender. São momentos de troca, onde as particularidades são afloradas, podendo assim acontecer o sucesso escolar. Foi um grande desafio trabalhar com anos iniciais, planejar de acordo com a necessidade de todos e principalmente criar situações de ação, reflexão, para que os alunos se tornem cidadãos críticos, responsáveis e atuantes na sociedade.
Considerando o saber docente como um saber social, e seus objetos são objetos sociais que evoluem com o tempo e se condicionam às mudanças sociais, o obstáculo de maior relevância neste semestre foi pensar na aprendizagem além da comunidade escolar, buscando na prática o que na teoria é tão evidente.
Avaliando o conhecimento que é uma conquista que nunca chega ao fim, devemos sempre aprender ao ensinar nossos alunos, construindo junto o conhecimento e buscando mais aprendizagens. Devemos instigar os alunos para que pensem e busquem sempre novos conhecimentos, criando, recriando e participando.


segunda-feira, 21 de junho de 2010

PROJETO DE APRENDIZAGEM COM OS ALUNOS

Grupos em sala de aula

Grupos no LABIN pesquisando
Iniciei o meu estágio com muita dedicação e responsabilidade. Dentre todas as atividades pensadas e estudadas, o PA – Projeto de Aprendizagem era uma proposta diferente e instigante, tanto para mim quanto para os alunos. É a primeira vez que os alunos trabalham com um projeto de aprendizagem, partindo da curiosidade do aluno.
Na minha arquitetura pedagógica, considerei fundamental o conhecimento do aluno, seu pensamento e contemplei as pesquisas e os registros.
Levei em consideração principalmente o desenvolvimento da pesquisa, avaliei o interesse de cada um em buscar novas descobertas e consequentemente novas aprendizagens. Procurei não induzir, mas questionar a conclusão das respostas, com o objetivo de ensinar a pensar, refletir.
Não foi fácil realizar com os alunos um PA, a maioria se dispersa com muita facilidade, qualquer movimento ou palavra engraçada é motivo para gerar um tremendo tumulto com muitas conversas paralelas.
Alguns alunos também resistem em iniciar a pesquisa no LABIN, e pedem constantemente para jogar os inúmeros jogos disponíveis na internet.
Acredito que o desenvolvimento da pesquisa em relação à busca das respostas se deu de forma lenta, por ser a primeira vez que os alunos realizaram uma pesquisa onde tinham que procuram e registrar ao mesmo tempo.
Mesmo recebendo indicações de sites, os alunos tinham dificuldade em digitá-los, dificuldade essa considerada óbvia, diante de tantas letras, barras, pontos, na escrita do endereço eletrônico.
Alguns grupos, ao buscar algumas respostas, acabaram desencadeando outras dúvidas e buscando novas aprendizagens.
A ideia principal que era despertar no aluno o interesse pela pesquisa, pelo trabalho em grupo com responsabilidade e pela reflexão crítica, foi alcançada.

Relembrando as palavras de Émile Durkheim, no texto “A educação como processo socializador: função homogeneizadora e função diferenciada”, pude refletir sobre as idéias do autor em relação à sociedade e a educação.

Para Durkheim a sociedade é constituída por indivíduos que compartilham valores, crenças e normas coletivas que os mantêm integrados.
Durkheim parte do princípio que o homem seria apenas um animal selvagem se não convivesse em sociedade, se não aprendesse hábitos e costumes de acordo com seu meio. E a educação é o meio de socialização, de transformação social, do indivíduo, das novas gerações e dependendo desse desenvolvimento se dará seu reflexo na sociedade.
E finalizando os projetos de aprendizagens realizados, concluo que o mais importante não é somente o resultado final, e sim todo o processo de construção do conhecimento.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O IMPORTANTE É SER!

De acordo com Piaget: o indivíduo constrói e reconstrói continuamente as estruturas que o tornam cada vez mais apto ao equilíbrio.

Conforme eu tinha combinado com a regente Iara, hoje retornei para concluir os PAs – Projetos de Aprendizagens com os grupos.

Em função de uma reunião com os pais e entrega dos pareceres descritivos dos alunos, a regente ficou envolvida em todo horário. E atendendo a seu pedido, hoje eu planejei e ministrei a aula. Fiquei feliz e os alunos mais ainda, fui recebida com muita alegria e disposição de estudar.

No início da aula a regente conversou com os alunos e explicou que não estaria presente em função da reunião e que aguardaria os pais para conversarem conforme os horários combinados durante a tarde.

Então começamos a aula conversando sobre o que tinham aprendido no início da semana (“centenas” era a novidade), e sobre tudo que dialogamos ao longo do meu estágio. Percebi que os alunos estão construindo significativamente seus conhecimentos. A escrita deles se dá de forma mais correta, a organização no caderno permaneceu, e o que mais me chamou atenção foi o interesse em me apresentar o caderno, demonstrando o quanto as minhas dicas foram significativas.

Realizamos atividades de fixação de números pares, ímpares, crescentes, decrescentes, antecessor, sucessor, adição e subtração.

Nos últimos períodos tínhamos horário reservado no LABIN, onde os alunos concluíram os seus PAs, como sujeitos ativos na construção do conhecimento.

Eu não participei da reunião com os pais, só participei da descrição dos pareceres de cada aluno, antes realizada com os professores e a direção. E o que é mais gratificante ainda, é ouvir de uma mãe, que adorou as atividades realizadas no estágio, em especial a última na sexta-feira, sobre a família, onde enfatizei o valor de cada uma.

“O importante é não estar aqui ou ali, mas SER. E ser é uma ciência feita de pequenas e grandes observações do cotidiano dentro e fora da pessoa. Quando não executamos essas observações, não chegamos a ser; apenas estamos desaparecendo”. Carlos Drummond de Andrade

domingo, 13 de junho de 2010

APRENDIZAGEM CONSTANTE


REFLEXÃO DA ÚLTIMA SEMANA
Concluí meu estágio deixando e levando grandes aprendizagens.
Mas...
De acordo com as palavras da autora Ângela B. Kleiman no texto “Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola” (2006), a escola de modo geral não se preocupa com o letramento social e sim apenas com um tipo de letramento, a alfabetização, porque direciona seu trabalho simplesmente para o método de obtenção de códigos alfabéticos, numéricos, esses por muito tempo foram suficientes para diferenciar o alfabetizado do analfabeto.
A escola ainda segue um modelo padrão de ensino e não leva em consideração o letramento social, adquirido com a família, a sociedade, eliminando assim o processo natural de desenvolvimento do ser humano.
Essa prática social que tem início a partir do momento que a criança começa interagir com seu mundo, no seu cotidiano, através de personagens nos livros, marcas de produtos, placas, TV, dentre outros, muito antes de entrar na escola, é fundamental para a construção do seu conhecimento e não podemos ignorar isso.
Segundo Kleiman (2007), o letramento não é limitado à escola, é uma situação de quem não apenas sabe ler e escrever, mas exerce as práticas sociais que usam a escrita. É essencial que a escola compreenda a importância da leitura para a formação de um cidadão crítico, responsável e participativo na sociedade.
Sendo assim, busquei considerar todas as práticas que envolvem a leitura e a escrita, num processo de aprendizagem, abandonando os métodos de aprendizado repetitivo, baseados na descontextualização.


Sei que não vou mudar o mundo sozinha, mas sei também que fiz a minha parte.


quinta-feira, 10 de junho de 2010

NONA SEMANA

Esta não será a última semana, mas a primeira de muitas... novas aprendizagens e muitas construções ainda virão!
Fiquei muito surpresa com a facilidade dos alunos na aprendizagem sobre plural, singular, diminutivo e aumentativo.
Não houve um aluno sequer que disse não ter entendido e todos realizaram as atividades com muita atenção e facilidade.
Mais uma aula com todos os objetivos propostos alcançados.
Hoje também relembrei algumas das minhas atividades, uma delas salientava a importância do educador como mediador da cultura e dos saberes escolares. Considerando o saber docente como um saber social, com objetivos sociais que evoluem com o tempo e se condicionam as mudanças sociais.

O ensino é uma atividade humana, um trabalho interativo, ou seja, um trabalho baseado em interações entre as pessoas. Concretamente, ensinar é desencadear um programa de interações com um grupo de alunos, a fim de atingir determinados objetivos educativos relativos à aprendizagem de conhecimentos e à socialização. (TARDIF, Maurice. O trabalho docente, a pedagogia e o ensino. Cap. 3. p. 112 – 149.)

E concordando com Tardif, acredito que ainda buscamos na prática o que na teoria é tão evidente.
É fundamental para mim educadora, construir no cotidiano, relações de socialização.
Levando sempre em consideração a interação aluno/professor percebendo as emoções, os temores, as alegrias, bem como os bloqueios manifestados pelos alunos, a maneira de aprender de cada aluno, suas dificuldades e satisfações.
Como exemplo do meu cotidiano, posso citar o tempo de aprendizagem de cada aluno.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

REALIZAÇÕES

A semana de aula foi pequena, mas com grande significado e realizações. Respeitando o tempo de cada um, percebi que houve progresso nas atividades dos alunos, alguns não conseguiam classificar os pares e ímpares. Outros, antes não tinham muito interesse pela busca de novas informações.
Na atividade do PA- Projeto de Aprendizagem, percebi o quanto é importante reincantar os alunos para construir novas aprendizagens. Alguns são muito acomodados, outros se acham detentores do saber e isso basta.
Procuro levar em consideração o que o aluno já sabe e relacionar com o saber escolar, pensando a realidade de cada um.
Desde o início do meu estágio até agora, a turma teve um crescimento considerável (um salto, conforme as palavras da regente).
Os alunos não tinham noção de espaço na utilização do caderno, não sabiam quando e se podiam virar a página ou usar outra linha. As perguntas eram frequentes sobre quando poderiam usar outra folha. Hoje isso não acontece mais, já sabem que devem iniciar uma frase com letra maiúscula, nomes de pessoas ou cidades. Usam o ponto final no final de cada frase.
Tenho apenas um aluno que ainda demonstra certa dificuldade na escrita, acredito que isso também aconteça porque ele tem problema na fala. Esse aluno tem acompanhamento na APAE, e faz reforço no turno inverso, uma vez por semana, mas sei que ele é capaz e logo estará acompanhando os demais colegas da turma, no mesmo ritmo.
Estou quase terminando o meu estágio e posso afirmar que concretizei muitos planejamentos com sucesso.

domingo, 30 de maio de 2010

SÉTIMA SEMANA - RETA FINAL


A cada semana que passa percebo melhor o processo de construção de cada aluno. Cada um com suas particularidades e exigindo uma motivação diferente na aprendizagem. Alguns na matemática com o raciocínio mais lento. Outros na escrita, necessitando um estimulo na reflexão, na maneira de ler e escrever tal palavra, letra inicial e final.
É instigante conviver com os alunos no espaço escolar e fora dele, percebendo como reagem claramente as situações do bem e do mal, impulsionados pelos diálogos que realizamos no cotidiano sobre diferentes assuntos.

domingo, 23 de maio de 2010

Reflexão da 6ª semana de estágio

Cada semana que passa me sinto mais segura para planejar as aulas, atividades, e essa segurança reflete na aprendizagem do aluno.
Como educadora, procuro refletir sobre todas as mudanças que se fazem necessárias para que façamos da intenção à ação de tornar a escola mais humana, mais justa e mais acolhedora para quem nela busca sua formação como um bom cidadão.
Acredito que quando o educador oferece diferentes atividades, consegue conhecer melhor seu aluno, suas capacidades e dificuldades, podendo compreendê-lo e ajudá-lo.
Levo sempre em consideração a avaliação além do aspecto cognitivo, sendo necessário considerar o lado emocional, cultural, ou seja, partir do conhecimento prévio do aluno, buscando a formação integral do aluno.
A minha prática pedagógica está caracteriza como uma prática social. São momentos de desenvolvimento da criatividade, socialização com o próximo, raciocínio, respeito mútuo.
Procuro no cotidiano através das atividades e diálogos deixar claro que somente através da educação, conseguiremos alcançar o mundo que tanto desejamos. E para que isso aconteça é necessário que cada um faça sua parte, contribuindo, melhorando suas ações e consequentemente o mundo que vivemos.

“Parto da premissa de que nossa sociedade reproduz as desigualdades ao longo dos séculos com ampla participação da população, quer intencional, quer inconscientemente, seja através de ações discriminatórias ou da omissão frente às práticas discriminatórias. Dessa forma, uma reflexão sobre nossos próprios valores, crenças condutas é fundamental para entendermos as desigualdades raciais na sociedade brasileira”. (BENTO, 1998, p.7)

sábado, 22 de maio de 2010

Plano de Atividades

Minhas intenções

Dados de Identificação

Escola Municipal de Ensino Fundamental José Felipe Schaeffer

Ensino Fundamental: 9 anos

Turma: 2º ano C Ano: 2010

Regente: Iara Dimer Maggi Scheffer

Número de alunos: 22


Metodologia
O método para desenvolver a arquitetura pedagógica será o de observação e análises. Seguindo uma estrutura de problematizar e pesquisar. Em atividades que permitam a construção coletiva de conhecimentos, fundamentados no diálogo, respeito, onde o educador também aprende ao ensinar.

Na troca de informações, oportunizando para o aluno, a responsabilidade da autoria do seu texto, assumindo o papel do sujeito ativo. Sugerimos a construção de um blog coletivo, onde os alunos poderão ter acesso a outras perguntas, podendo assim sanar as dúvidas e confirmarem as certezas.

Objetivos
Oportunizar situações de socialização e aprendizagens significativas aos alunos, auxiliando o desenvolvimento afetivo e cognitivo, aperfeiçoando a expressão oral, escrita e raciocínio lógico.

Desenvolver a sensibilidade, a memória e a imaginação, incentivando a busca do conhecimento para fazer sua própria leitura do mundo.

Desenvolver a autonomia, objetivando a formação de um cidadão crítico, responsável e atuante na sociedade.

Justificativa
Desenvolver no aluno competências e habilidades que contribuam para a construção do seu conhecimento de forma eficaz, expandindo no universo cultural de forma crítica e consciente.


"Não posso ser professor se não percebo cada vez melhor que, por não poder ser neutro, minha prática exige de mim uma definição. Uma tomada de posição. Decisão. Ruptura. Exige de mim que escolha entre isto e aquilo. Não posso ser professor a favor de quem quer que seja e a favor de não importa o quê.” (FREIRE, 1998, p.115)

De acordo com Paulo Freire, o educador deve ministrar as atividades propostas em conjunto com os alunos, através do diálogo, respeitando as diferenças.


Avaliação
A avaliação é diária e contínua. Sendo a observação o critério fundamental, onde se percebe o desenvolvimento de cada aluno.




quinta-feira, 20 de maio de 2010

5º Semana muito significativa

REFLEXÃO DA SEMANA

Esta semana senti a necessidade de conversar e questionar mais do que nas outras sobre o respeito ao colega e aos professores.
Às vezes tenho a impressão que alguns pais transferem a total responsabilidade da educação do filho para o professor. Ficando assim a culpa por qualquer acontecimento, do professor.
Concordando com Paulo Freire e suas concepções de diálogo, realidade, leitura do mundo, diariamente conversamos sobre as boas maneiras com os colegas, professores, família, e as curiosidades que surgem. Citamos alguns acontecimentos na fila do lanche, na entrada e saída da aula, na maneira de expressar os sentimentos, no respeito ao outro.
Meu objetivo principal é fazer o aluno pensar, através do diálogo, da reflexão.
Nesta semana muito se falou sobre diferenças físicas e os sentimentos das pessoas em relação ao comportamento agressivo entre os alunos – Bullying, apelidos indesejados e maldosos.
Nas atividades propostas, em grupo ou individual, procuro avaliar constantemente se o aluno foi capaz de realizar com facilidade ou não, se precisou de ajuda ou tentou resolver sozinho, mesmo que tenha errado algo.
Estou muito satisfeita com a minha turma, mas ainda não atingi todos os meus objetivos em relação à autonomia do aluno e o respeito ao outro.
De acordo com os estágios de Piaget, os alunos se encontram no Operatório-Concreto (7 a 11 anos), ainda depende do mundo concreto para chegar à abstração.
É um processo de construção, e o mais importante é que estamos no caminho certo!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

REFLEXÃO

O momento do “Estágio” é uma oportunidade significativa. Estou sempre focando as necessidades dos alunos que acompanho. Algumas vezes percebo que não sou bem compreendida por pessoas que acompanham meu desenvolvimento, mas tenho plena consciência de que a minha prática está adequada a realidade dos meus alunos. Diante do processo de construção do conhecimento, procuro propiciar atividades diversificadas.
Questionando e desafiando o aluno em todos os momentos, procuro desenvolver momentos de reflexão, buscando a formação de um cidadão crítico, responsável e atuante na sociedade.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Mais uma semana...

Objetivando sempre desenvolver atividades lúdicas e atrativas, ao longo da semana descobri que a minha flexibilidade acompanha o desenvolvimento e a construção do aluno. Trabalhar com regras e estimular a socialização requer tempo e paciência, e “tempo e paciência” não podem estar cronometrados na realização de uma atividade significante.
Nesta semana estamos trabalhando “corpo humano”, parece simples, mas consegui promover vários momentos e descobertas. Objetivando o respeito, a individualidade, o cuidado, desenvolvendo e explorando os 5 sentidos. Ficou claro para todos os alunos que, todas as pessoas são iguais e merecem todo respeito, independente de ser branco ou negro, alto, baixo, magro, gordo.
Principalmente na atividade da “Técnica do espelho”, onde cada aluno percebeu que é único, importante, muito amado e deve ser respeitado sempre.
Outra atividade significativa foi sobre os valores, amizade, respeito, responsabilidade, estimulando a reflexão dos alunos com uma música chamada “Palavrinhas Mágicas” da Eliana e muito diálogo. Incentivando sempre o aluno a buscar sua autonomia.
Estou mais tranquila que semana passada e espero melhorar cada vez mais.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

ESTÁGIO CURRICULAR

Primeira semana (12 - 17/04/10)
Depois de uma semana já consigo escrever com mais tranquilidade sobre o início do meu estágio.
Até porque na primeira semana, nem sobrava tempo para escrever de tanta insegurança e ansiedade.
Hoje percebo que o estágio é uma oportunidade de inserção na realidade escolar. E com mais tranquilidade estou conseguindo atingir meus objetivos de motivar e questionar os alunos na construção das aprendizagens significativas.
Acredito que a insegurança faz parte do início de um estágio. E também pode contribuir para se pensar numa prática crítica e transformadora.
Conto com a ajuda do supervisor Prof. Nilton Mullet, da regente da turma Iara Maggi, e algumas colegas do curso, em especial a Carine Linhares, pessoas queridas e sempre dispostas a ajudar na minha inserção no processo de formação docente.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Reflexões sobre o início do semestre e o estágio


Nossa primeira aula presencial foi no dia 22 de Março, foram muitas dúvidas, perguntas, conversas, claro que sobre o estágio.
A idéia de realizar o meu estágio com o 2º ano do Ensino Fundamental se concretizou no primeiro dia de observação, uma turminha de 22 alunos.
Espero conseguir desenvolver e aplicar as habilidades adquiridas durante o curso, proporcionando no contato direto com os alunos muitas aprendizagens.
E diante da pluralidade de papéis exercida pelo pedagogo, almejo desempenhar com profissionalismo o meu papel de educadora nas situações reais apresentadas na turma do meu estágio.