quarta-feira, 15 de setembro de 2010

EIXO II, Psicologia I

Na interdisciplina “Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia I”, tive a oportunidade de estudar inúmeros conceitos de Repressão, Inconsciente, Transferência, Id, Ego e Superego, desenvolvimento afetivo e suas fases. Pude refletir profundamente sobre a relação aluno-professor, a prática, e as estratégias para possibilitar a ação reflexão.

No filme proposto, “Freud Além da Alma” e nos textos sugeridos, Freud explica que o desejo de aprender surge da curiosidade que o individuo tem de descobrir o mundo. Na perspectiva psicanalítica o aluno não se sente motivado a aprender pelo conteúdo e sim pela relação estabelecida entre professor e aluno.
Com isso é evidente que o diálogo entre ambos é fundamental, para que o aluno possa falar quem ele é e o que ele pensa, trocando conhecimentos e experiências, respeitando princípios, pois as crianças vêm de diferentes realidades e experiências e se deparam na escola, com outra realidade, bem diferente da conhecida até o momento, reprimindo o que até então parecia ser o correto.

Articulando com meu TCC a “Epistemologia Genética” estudada é a mais conhecida concepção construtivista da formação da inteligência.
Jean Piaget, em sua teoria, explica como o indivíduo, desde o seu nascimento, constrói o conhecimento.
O construtivismo explica como a inteligência humana se desenvolve, partindo do princípio que o desenvolvimento da inteligência é determinado pelas ações mútuas entre o indivíduo e o meio. A idéia é que o homem não nasce inteligente, mas também é passivo sob a influência do meio, isto é, ele responde aos estímulos externos agindo sobre eles para construir e organizar o seu próprio conhecimento, de forma cada vez mais elaborada.
A construção do conhecimento é um processo de sucessivas mudanças qualitativas e quantitativas das estruturas cognitivas, ou seja, a pessoa constrói e reconstrói continuamente as estruturas que a tornam cada vez mais apta ao equilíbrio.

“Construtivismo não é uma prática, ou um método; não é uma técnica de ensino nem uma forma de aprendizagem; não é um projeto escolar; é, sim, uma teoria que permite (re)interpretar todas essas coisas, jogando-nos para dentro do movimento da história – da humanidade e do universo” (BECKER, 2001, p. 72).
“O bom experimentador deve, efetivamente, reunir duas qualidades muitas vezes incompatíveis: saber observar, ou seja, deixar a criança falar, não desviar nada, não esgotar nada e, ao mesmo tempo, saber buscar algo de preciso, ter a cada instante uma hipótese de trabalho, uma teoria, verdadeira ou falsa, para controlar\" ( Piaget, 1926, p.11).

Destaco Piaget, Becker, Freud, Maturana, entre outros que me auxiliam constantemente no planejamento crítico e consciente, em todos os aspectos, oferecendo recursos e meios favoráveis para transformar a sociedade.
Referências:
PIAGET, Jean. O desenvolvimento mental da criança. In: Seis estudos de psicologia. Rio de Janeiro: Forense.
BECKER, Fernando. Ensino e construção do conhecimento: o processo de abstração reflexionante. In: Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: ARTMED, 2001.
BECKER, Fernando. O que é construtivismo? in Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: ARTMED, 2001.
OLIVEIRA, Marta K. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento, um processo sócio-histórico São paulo, Scipione, 1993.

2 comentários:

Roberta disse...

Fabiana!

Trazer o processo de construção do conhecimento é realmente muito importante no teu TCC, já que os PA's trazem exatamente isso: a construção do seu próprio conhecimento.
Tenho uma curisidade: o que está lendo de Maturana??

Abraços
Roberta

FABIANA-UFRGS disse...

Oi querida Rô.

Claro, foi erro meu não ter mencionado o que li sobre Maturana. Postei sobre isso agora.
Obrigada pela ajuda.
Beijos.