domingo, 21 de novembro de 2010

EIXO VIII - Estágio Docente

Através do estágio curricular, tive a oportunidade de conhecer melhor a realidade escolar, o que favoreceu as minhas reflexões sobre o fazer docente e as diferentes formas de integração entre a teoria e a prática.
Tendo como fundamentação teórica Freire, Piaget, Becker, Magdalena e Costa, Tardif, Maturana, Marques, Paré, entre outros, com diferentes ideias que muito contribuíram para esclarecer as questões apresentadas no cotidiano, buscando um fazer pedagógico mais dinâmico e transformador.

O amor é a emoção que constitui o domínio de condutas em que se dá a operacionalidade da aceitação do outro como legítimo outro na convivência, e é esse modo de convivência que conotamos quando falamos do social (Maturana, 1998,p. 23).
Maturana resgata a vida, o amor, como centro de todos os processos para melhorar a convivência. A linguagem se fundamenta nas emoções. Essas leituras me ajudaram a entender melhor as relações entre as pessoas, o tempo de cada um, a autonomia.
Paulo Freire nos provoca a refletir sobre a importância da educação para a libertação, desenvolvendo diferentes métodos e oportunizando uma educação crítica, reflexiva, questionando a realidade, na interação e cooperação. A proposta do projeto de aprendizagem que realizei com meus alunos, considerou esses diferentes conceitos e promoveu uma aprendizagem constante. Numa construção do conhecimento, conforme a teoria de Piaget e as etapas do desenvolvimento cognitivo.
De acordo com Becker (1992) “[...] o sujeito humano é um projeto a ser construído; o objeto é, também, um projeto a ser construído. Sujeito e objeto não têm existência prévia, a priori: eles se constituem mutuamente, na interação. Eles se constroem.”

A proposta dos Projetos de Aprendizagem confirmou um ponto de vista, que a aprendizagem se dá a partir de uma educação problematizadora, na construção e reconstrução constante do conhecimento.
Como educadora percebo que o processo de ensino-aprendizagem depende da disposição diária de ambas as partes, educando/educador. Onde o educador aprende ao ensinar e o aluno ensinar ao aprender, proporcionando momentos de troca, que valorizam as particularidades dos envolvidos.
Trabalhar com anos iniciais e planejar de acordo com a necessidade de cada um, não é fácil, envolve muita dedicação e vontade de fazer diferente. Proporcionar situações de ação, cooperação, reflexão, requer do educador planejamento, conhecimento, pois o saber precisa estar vinculado ao fazer.
Entendo que o conhecimento é uma conquista que nunca chega ao fim, por isso devo sempre aprender o meu aluno, buscar entender o que ele quer e com ele ensinar e aprender, numa troca recíproca e constante.
É relevante citar que a aprendizagem deve ser pensada para além da comunidade escolar, numa construção social. No cotidiano da sala de aula, nas diferentes atividades propostas, busquei a interação, a cooperação, o respeito mútuo, a reflexão, onde o educando foi sujeito ativo da própria aprendizagem.



Referências bibliográficas:
BECKER, Fernando. O que é construtivismo? Revista de Educação AEC, Brasília, v. 21, n. 83, p. 7-15, abr./jun. 1992. Disponível em: http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo6/psicologiaii/construtivismo.html

Acesso em: 16 de dez. 2010.

MATURANA, Humberto. Emoções e Linguagem na Educação e na Política. Belo Horizonte: UFMG, 2002. Disponível em: http://www.scribd.com/doc/7010173/Humberto-Maturana-EmoCOes-e-Linguagem-Na-EducaCAo-e-Na-PolItica

Acesso em: 16 de dez. 2010.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

EIXO VII - Reflexão

As interdisciplinas do VII semestre, tanto quanto as anteriores, precisam ser constantemente relembradas, pois falar em “Didática, Planejamento e Avaliação” no fazer docente é fundamental. A professora Luciana Picolli, nos oportunizou momentos de reflexão nos textos apresentados e conversas realizadas através dos grupos de trabalhos, fórum e bate-papos informais.
A relevância de aliar o "para quê" ao "como" é fundamental, pois o planejamento é essencial ao ser humano. Ficou evidente na minha prática, que a realidade do aluno está vinculada à sua aprendizagem, tornando-se mais expressiva, pois contribui de fato para uma reflexão crítica e participativa, “preparar cidadãos e cidadãs para compreender, julgar e intervir em sua comunidade, de uma forma responsável, justa, solidária e democrática” (Santomé, 1998. p.4).
De acordo com as palavras do texto “Paulo Freire: a leitura do mundo”, escritas por Frei Bettto, [...] O trabalho humaniza a natureza e, ao realizá-lo, o homem e a mulher se humanizam. [...] Ensinou a Ivo que a leitura de um texto é tanto melhor compreendida quanto mais se insere o texto no contexto que Ivo extrai o pretexto para agir.
Na interdisciplina de “Educação de Jovens e Adultos – EJA”, ministrada pelas professoras Anézia Viero e Carmen Brunel, a mensagem de que não existe uma receita pronta e o aluno aprende quando participa, através de suas próprias ações, com diálogo em todos os momentos entre educador e educando, foi entendida com clareza. Mesmo sendo uma categoria organizacional, com finalidades e funções específicas, a interação, e o respeito mútuo são fundamentais.
Em relação à especificidade cultural, a EJA se destaca pela diversidade dos alunos, cada um com suas particularidades, alguns com uma trajetória de vida mais experiente, outros não, pela diferença de idade. Para Marta Kohl de Oliveira “a escola voltada à educação de jovens e adultos, portanto, é ao mesmo tempo um local de confronto de culturas”.

Na interdisciplina de “Linguagem e Educação” com a professora Patrícia Camini, refletimos sobre o modelo padrão de ensino que a escola segue.
Nas palavras da autora Ângela B. Kleiman no texto “Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola” (2006), entendeu-seque a escola não se preocupa com o letramento social e sim apenas com um tipo de letramento, a alfabetização, porque direciona seu trabalho simplesmente para o método de obtenção de códigos alfabéticos, numéricos, e esses por muito tempo foram suficientes para diferenciar o alfabetizado do analfabeto. Sem levar em consideração o letramento social, adquirido com a família, a sociedade, eliminando assim o processo natural de desenvolvimento do ser humano.
Articulando com meu TCC, fica evidente a necessidade de abandonar os métodos repetitivos, linguagem particular, baseados na descontextualização. O uso de temas geradores na prática pedagógica, contribui para a construção de uma educação libertadora, onde alunos e professores estão comprometidos com a transformação social, considerando os interesses e as curiosidades da maioria, fortalecendo com isso a da cidadania.

Referências:
FERREIRA, Lucinete. O contexto da prática avaliativa no cotidiano escolar. In:_____. Retratos da avaliação: conflitos, desvirtuamentos e caminhos para a superação. Porto Alegre: Mediação, 2002. P.39-61.
SANTOMÉ, Jurjo Torres. As origens da modalidade de currículo integrado. In:______. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998, p.9-23.
JAPIASSU, Hilton. A questão da interdisciplinaridade. Revista Paixão de Aprender. Secretaria Municipal de Educação, novembro, n°8, p. 48-55, 1994.
TRINDADE, Iole Maria Faviero. Não há como alfabetizar sem método? - no prelo.
TRINDADE, Iole Maria Faviero. GERMANO, Letícia. Olhares sobre a experiência docente.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

EIXO VII - LIBRAS

A interdisciplina de “Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS” despertou em mim um profundo interesse em buscar novas aprendizagens sobre a comunicação com os surdos e a melhor maneira de expressar os sentimentos. Pois cada pessoa tem suas particularidades e essas precisam ser consideradas.
Conhecendo a professora Carolina e toda sua força de vontade, percebi que podemos favorecer o diálogo sem grandes dificuldades no entendimento.
Nas leituras, “A importância do conhecimento histórico”, “Educação de surdos”, conforme as palavras: Segundo Eriksson (1998), existem várias histórias que explicam o surgimento e desenvolvimento do conceito de surdo no mundo. Antes de Cristo, os surdos eram tidos como “deuses” ou seres diabólicos, os quais precisavam ser punidos. Na Antiguidade, os surdos, devido ao fato de não falarem, não eram considerados “humanos”, nem cidadãos, mas sim incapazes. Eram até mesmo proibidos de casar. Por isso não estudavam e não freqüentavam escolas.

Diversas vezes me expressei mal, ao dizer “linguagem de sinais”, quando o correto é “língua de sinais”, da mesma forma errava ao me referir, “surda-muda”, quando o correto é pessoa “surda”.
Articulando com meu TCC, mesmo os ouvintes, quando não encontram espaço para a interação, sentem-se excluídos e incapazes. Pois não basta ouvir somente, é preciso fazer parte e se fazer entender.

O meu interesse pela LIBRAS não terminou com a interdisciplina, pretendo realizar diferentes cursos, numa formação continuada e fazer a diferença por onde passar.


Referências:
Texto de Harlan Lane, retirado do livro “A Máscara da Benevolência: a comunidade surda amordaçada”, que apresenta a política de ensino de surdos em diferentes países. Disponível em: http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/libras/unidade3/atividades.htm
Acesso em: 17 nov. 2010.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

UFRGS - Eu faço parte dessa história.


Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre. Paulo Freire