segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Seminário Integrador VII

Aprendi nesta interdisciplina a importância de estudar por meio de projetos. O esforço necessário para o desenvolvimento do projeto exige do aluno uma doação total. Ao mesmo tempo em que aprendemos, também ensinamos.
O interesse que o projeto desperta no aluno, faz a diferença na aprendizagem. Entendi que quando o projeto parti de uma curiosidade minha ou do grupo em sintonia, a elaboração fica mais prazerosa, a busca por informações, dúvidas temporárias tornam-se descobertas significativas.
Do mesmo modo o projeto ajuda a desenvolver nossa autocrítica. Pois num certo momento, tenho a certeza de algo e no outro, vira uma dúvida.
O projeto de aprendizagem em grupo favorece a cooperação entre os diferentes pontos de vista. Cada um com suas particularidades podem contribuir mutuamente no desenvolvimento, construindo, questionando, opinando e aprendendo sempre.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Linguagem e Educação

Esta interdisciplina me fez entender o que significa letramento e o quanto é importante para a vida de um ser humano as relações que vão além do saber ler e escrever. Fazendo relação com as práticas sociais, não só do meio em que estamos inseridos, mas de diversos grupos, “fazendo a leitura do mundo”.
É necessário ensinar o aluno a pensar, para que ele compreenda não apenas as letras e formule palavras, mas seja um cidadão autônomo e atuante em tudo que faz.

“Dizer que somos seres falantes significa dizer que temos e somos linguagem, que ela é uma criação humana (uma instituição sociocultural), ao mesmo tempo que nos cria como humanos (seres sociais e culturais). A linguagem é nossa via de acesso ao mundo e ao pensamento, ela nos envolve e nos habita, assim como a envolvemos e a habitamos”. Marilena Chauí

Segundo a autora Kleiman, o letramento não é limitado à escola, é uma situação de quem não apenas sabe ler e escrever, mas exerce as práticas sociais que usam a escrita. É essencial que a escola compreenda a importância da leitura para a formação de um cidadão crítico, responsável e participativo na sociedade.
Na atividade proposta de uma narrativa da criança, percebi que as situações são criadas e recriadas várias vezes, até satisfazer o que realmente deseja contar, “Adquirir a fala, por sua vez, é um passo transformador em termos cognitivos, uma vez que é a linguagem que organiza o pensamento”. “Aos poucos elas vão saber separar o real da fantasia”.
E ao educador cabe a responsabilidade de desvendar a melhor forma de cultivar esse momento de aprendizagem significativa.


Referências:
GURGEL, Thais. Tem um monstro no meio da história. In: Revista Nova Escola. Agosto, 2009.
KLEIMAN, A.B., Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola. 2006.
KLEIMAN (2007), na UFSM (RS), e de artigo de Dalla Zen e Trindade (2002). [Fontes das imagens: www.letramento.iel.unicamp.br e google.com.br.]

domingo, 8 de novembro de 2009

Didática, Planejamento e Avaliação

De acordo com as palavras de Maria Bernadette Castro Rodrigues:
“Planejar, é a constante busca de aliar o “pra que” ao “como”, através do qual a observação criteriosa e investigativa torna-se, também, elemento indissociável do processo”.
Entendi que o processo de planejamento deve acontecer de forma crítica. Pensando a prática e refletindo sobre as experiências decorridas. Da mesma forma a avaliação é fundamental para reorientar a prática.
Não devendo ser o planejamento um mero instrumento de controle, mas sim, um instrumento onde o educador direciona as ações educativas.
Diante das palavras de Paulo Freire, na Pedagogia do Oprimido: “ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo.” (1987, p.69).

O educador deve rever sempre sua prática pedagógica, planejar é essencial a vida. E nesse planejamento é muito importante valorizar todo o conhecimento que o aluno traz para a sala de aula, questionando seus interesses e suas idéias.
Depois de conhecer o aluno, suas curiosidades e ações, posso através de atividades com desenho, leitura, teatro, pintura, despertar a iniciativa própria de buscar novos conhecimentos, novas descobertas, tornando-o autônomo.
No texto “O menininho”, de Helen Buckley, percebi que o aluno teve seu desenvolvimento afetado, ele era um mero espectador, sem participar ativamente das aulas.

“Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.” Paulo Freire

sábado, 7 de novembro de 2009

EJA – Educação de Jovens e Adultos

Sabemos que não existe idade própria para aprender, porém todo o ensino sempre foi voltado para crianças. A EJA nunca foi prioridade.
Após a leitura do Parecer CEB no 11/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos, entendi a diferença da EJA e do supletivo, pois imaginava que eram modalidades iguais.
Conheci conceitos e funções importantes, diferente do que eu imaginava a EJA não é uma segunda oferta de escolarização para pessoas que por algum motivo não conseguiram concluir seus estudos.
Entendi que a EJA é uma modalidade de ensino que engloba alfabetização de jovens, educação básica do ensino fundamental e médio.
Tendo como finalidade, uma educação baseada no respeito do diferente, da diversidade, podendo o aluno aprender constantemente de forma individual e coletiva, enfrentando problemas e encontrando soluções de maneira crítica e responsável.

Destaco a importância de o educador conhecer o perfil de seus educandos, jovens, adultos ou idosos, considerando suas características, interesses, condições de vida e de trabalho. Respeitando também o tempo de cada um no processo de aquisição do conhecimento e adequando os espaços e materiais didático-pedagógicos conforme a necessidade.

[...] ter o direito a ser igual quando a diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. (SANTOS, 2004)

Parecer CEB no 11/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos . Relator: Carlos Roberto Jamil Cury

http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/eja/Parecer%20CEB%2011.2000_Diretrizes%20Curriculares%20da%20Educacao%20de%20Jovens%20e%20Adultos.pdf


quinta-feira, 5 de novembro de 2009

LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais

Essa interdisciplina me proporcionou inúmeras descobertas, a língua de sinais não é única para todos como eu pensava, ela é diferente em cada país, cada um com suas particularidades.
Sempre observei o alfabeto de LIBRAS com muita curiosidade, não conseguia imaginar a maneira de dialogar com outra pessoa, usando os sinais que pareciam insuficientes para expressar os sentimentos.
Na aula presencial conheci a professora Carolina, uma pessoa muito simpática e comunicativa, usando a língua de sinais ela nos passou uma mensagem muito positiva, percebi o quanto é importante conhecer o alfabeto e dialogar sem preconceitos com as pessoas surdas.
Consegui falar o meu nome usando os sinais, parece pouco, mas fiquei encantada com a atividade realizada e a disposição da professora ao ensinar. Eu sempre tive receio em tentar conversar com uma pessoa surda, pois imaginava que poderia deixá-la constrangida e ao mesmo tempo eu ficaria decepcionada.
Hoje, diante de leituras e vídeos propostos pela interdisciplina, posso afirmar que minha opinião é outra, já conversei com algumas pessoas surdas e me fiz entender, foi uma conquista. Entendi que usava a nomenclatura "surdo-mudo" erradamente quando me referia a uma pessoa surda. Pretendo dar continuidade as descobertas em relação a LIBRAS, através de novas leituras e contatos.

Leituras:

STROBEL, Karin. História da educação de surdos. 2008 (Desenvolvimento de material didático ou instrucional. Curso de Letras-Libras à distância). 2008, p. 32


2008 – Curso de graduação em Letras/Libras, licenciatura e bacharelado, coordenado pela Universidade Federal de Santa Catarina, sendo a UFRGS em Porto Alegre, um dos pólos. No total há 15 pólos, em diferentes cidades brasileiras.
http://www.libras.ufsc.br/


Sites:

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Seminário Integrador VI

Quando o aprendiz é desafiado a questionar, quando ele se perturba e necessita pensar para expressar suas dúvidas, quando lhe é permitido formular questões que tenham significação para ele, emergindo de sua história de vida, de seus interesses, seus valores e condições pessoais, passa a desenvolver a competência para formular e equacionar problemas. Quem consegue formular com clareza um problema, a ser resolvido, começa a aprender a definir as direções de sua atividade." (Léa Fagundes, Aprendizes do Futuro)

Estamos construindo um novo Projeto de Aprendizagem.

http://projetodeaprendizagem2009.pbworks.com/
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Educação Especial


Esta interdisciplina me ajuda perceber melhor o outro, suas diferenças, com naturalidade, sem preconceitos. Pois muitas vezes, tentando ajudar, acabamos excluindo.


Art. 2º Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos. (RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 2, de 11 de Fevereiro de 2001)


A Constituição Federal de 1988 traz como um dos seus objetivos fundamentais, “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (art.3º inciso IV). Define, no artigo 205, a educação como um direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. No seu artigo 206, inciso I, estabelece a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola”, como um dos princípios para o ensino e, garante, como dever do Estado, a oferta do atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208).

VOCÊ PODE ACOMPANHAR A MINHA CONSTRUÇÃO E O MEU APRENDIZADO, NO LINK ABAIXO.


http://dossiedeinclusaofabihahn.pbworks.com/





QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS NA EDUCAÇÃO

A) Pergunta desencadeadora:
Como você se sente como aluno negro nesta escola?

Após a leitura dos textos sugeridos, realizei a atividade com o aluno num ambiente calmo, tive paciência de ouvir e cuidei para não falar por ele.
Iniciei falando que gostaria de conversar, ele me encheu de perguntas, expliquei que era uma atividade da faculdade e queria ouvir o que ele quisesse falar sobre a minha pergunta.
Perguntei: Como você se sente como aluno negro nesta escola? Ele respondeu, “todo mundo me chama de neguinho sarará, o fulano, me chama também, mas ele não é meu amigo. Alguns me chamam de nego beiçudo, outros de neguinho burro, barrigudo ou gordo. Mas eu tenho bastante amiga que gostam de mim.”
O aluno tem 10 anos, está na 3ª série, é filho adotivo, inteligente, espontâneo e muito amado pela família e demais conhecidos. Sabe que é uma pessoa igual às outras mesmo sendo de cor diferente. Disse que tem muitos amigos, e os apelidos que recebe são de alunos que não considera seus amigos.
Contou que adora brincar de vôlei, futebol, amarelinha, pega-pega, pratica taekwondo e se precisar brigar para defender uma amiga ele briga. Gosta muito da sua cor e não se incomoda porque os irmãos e os pais têm pele clara. Acredita em Deus, sabe rezar, diz que Jesus está sempre olhando e cuidando dele, que deve sempre fazer o bem a todos.
Adora ouvir música e dançar rock, funk, sertaneja. É uma criança extrovertida, família de classe média, pais comerciantes e dedicados aos filhos.
Perguntei como era o relacionamento dele com a professora, ele respondeu que gosta muito dela e que recebe atenção normal como os demais colegas brancos.
Percebi que apesar de não gostar de ser chamado de negro, ao comentar sobre os demais colegas da sala se referiu a uma colega dizendo que era neguinha igual a ele. Sem intenção de gerar algum conflito, perguntei o que ele fazia quando era ofendido com os apelidos que não gostava, ele respondeu de falava para a professora e ela pedia para que os colegas parassem e respeitassem uns aos outros. Mas quando perguntei se a professora normalmente conversava de alguma forma sobre afro-descendentes, ele respondeu que não.

Pensamos ser de fundamental importância um olhar na multiculturalidade existente em nossas salas de aula e especialmente no ethos da tradição africana ainda muito presente, que deve ser explicitado, principalmente através das nove (09) dimensões da expressão afrocultural. (pag.3)


B) Dimensões da expressão afro-cultural:

A partir da leitura do texto “Auto Imagem e Auto-Estima na Criança Negra: um Olhar sobre o seu Desempenho Escolar”, de Marilene Leal Paré, identifiquei algumas dimensões da expressão afro-cultural no aluno entrevistado.
· ESPIRITUALIDADE – que mostra um conhecimento de uma força de vida não-material a qual permeia todas as atividades humanas.
· MOVIMENTO – característica dada numa trama de movimentos, dança, percussão e ritmo observados na batida musical.
· ENTUSIASMO – receptividade especial a níveis relativamente altos de estímulos.
· AFETO – importância da informação afetiva e da expressão emocional ligadas à co-importância dos sentimentos e pensamentos.
· ORALIDADE – a importância dos modelos oral / aural da comunicação para transmitir um significado verdadeiro e cultivar a ação da fala.


Observando o aluno percebi a dimensão da espiritualidade, ele acredita em Deus, sabe que é querido, amado e importante para muitas pessoas da família e amigos.
De acordo com a nossa conversa demonstrou características da dimensão movimento, quando disse que adora dançar e cantar músicas, é animado e divertido.
Em relação às dimensões de entusiasmo, afeto e oralidade, no início da conversa já estavam explícitas, quando se mostrou interessado, atencioso, falando carinhosamente dos amigos, família e professora, se expressando de forma clara e objetiva. Tendo consciência de que somos todos iguais, indiferente de raça ou de cor e que devemos ter respeito por todas as pessoas.
Percebo que diante de um mundo individualista e competitivo, para muitas pessoas a diferença é motivo de discriminação. Mas nós educadores podemos mudar esse preconceito dentro e fora da escola, buscando um mundo mais solidário, onde a diferença é motivo de enriquecimento e complementação.

Muitas são as vias, que nós,educadores,criativamente, podemos traçar para atender as essências contidas nas vozes dos alunos afro-brasileiros,no entanto, a Dra. em Educação da Emory, Universidade dos Estados Unidos, no curso promovido pelo NAP (Letras- UFRGS), afirmou que os professores devem ser orientados no sentido de entender as culturas, mudar as crenças preconceituosas que eles têm sobre os alunos, de modo a descobrirem o gênio que há dentro de cada criança. (pag.3)


Referências bibliográficas:

PARÉ, Marilene Leal. Auto Imagem e Auto-Estima na Criança Negra: um Olhar sobre o seu Desempenho Escolar.
PARÉ, Marilene Leal. Dimensões da Expressão Afro-Cultural.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Filosofia da Educação

Lendo o texto “Educação após Auschwitz” de Theodor W. Adorno, e pensando sobre a relação entre educação, civilização e barbárie, fica claro que não podemos relacionar a barbárie somente com a falta de educação.
De acordo com algumas descrições da rígida divisão do trabalho e a extrema organização de Auschwitz, a "indústria da morte” contava com o conhecimento de
geniais arquitetos, administradores, antropólogos, médicos, químicos, biólogos, enfim, parte do conhecimento e da tecnologia mais avançada a serviço da destruição de seres humanos.
Posso argumentar que a barbárie pode ser um beneficio político ou econômico para seus autores. E diante dos acontecimentos em Auschwitz, podemos perceber do que o ser humano é capaz quando se encontra num estado de frieza.
Para Adorno, como a barbárie continua em curso, o desafio racional da nossa existência é construir a antítese na sociedade, de tal forma que seja possível à história produzir uma síntese mais humana do que a que temos consciência, para que genocídios como os de Auschwitz não se repitam jamais.
De acordo com o texto, fica claro perceber que poderá haver uma relação entre educação, civilização e barbárie. Bem ou mal essa relação dependerá do estado de consciência do ser humano. E a educação deve ser contra a barbárie.

A educação só teria pleno sentido como educação para a auto-reflexão crítica. Dado todavia que, como mostra a psicologia profunda, os caracteres em geral, mesmo os que no decorrer da existência chegam a perpetrar os crimes, já se formam na primeira infância, uma educação que queira evitar a reincidência haverá de concentrar-se na primeira infância. (pág. 2)

Nós educadores temos a responsabilidade social de educar para o bem, no sentido da auto-reflexão crítica. Podemos seguir um caminho que nos leve para a libertação, com dignidade, respeitando o outro, num todo em comum.
Buscando conhecer a si próprio, sendo capaz de amar a si para conquistar a dignidade de ser amado. Essas ações dependem da necessidade ou motivação vivida no momento, por isso toda a
política educacional, no contexto em que a civilização (comunidade) estiver inserida deve centralizar-se na necessidade de evitar a repetição das barbáries praticadas em Auschwitz.
Somo capazes de superar a barbárie com autonomia, e isso é decisivo para a sobrevivência da humanidade, devemos agir de forma solidária, educando, refletindo, ensinando ao nossos alunos o valor da vontade, da determinação, do espírito de força e união.


Se falo da educação após Auschwitz, tenho em mente dois aspectos: primeiro, a educação infantil, sobretudo na primeira infância; depois, o esclarecimento geral, criando um clima espiritual, cultural e social que não dê margem a uma repetição; um clima, portanto, em que os motivos que levaram ao horror se tornem conscientes, na medida do possível. (pág. 2)

Entenda o Holocausto de Auschwitz
http://www.youtube.com/watch?v=EV_I5VGu0Js

Filosofia da Educação

O filme “O Clube do Imperador”, conta uma história que acontece num colégio interno onde um competente, respeitado e dedicado professor, chamado Hundert tenta com bons exemplos, moldar a personalidade dos alunos.
As aulas transcorriam normalmente até a chegada de um novo aluno, diferente dos colegas por sua arrogância e falta de educação. Bell tinha uma relação fria e sem afeto com seu pai, um milionário e importante senador. Seu pai era um dos principais mantenedores do colégio, o que fazia Bell se sentir superior aos demais.
De acordo com os costumes do colégio, o professor Hundert organizou uma competição classificatória que chamava de "Júlio César". Era um desafio entre os alunos que estudavam muito para responder corretamente as perguntas feitas pelo professor.
Acreditando que conseguiria ajudar o aluno Bell, que se esforçava para tirar boas notas, o professor forjou a última classificação, indo contra os seus costumes.
O professor ao perceber que Bell colava nas perguntas comentou com o diretor, que ignorou, visto que a presença do aluno naquela escola era necessária para conseguir dinheiro e sustentar o colégio. Hundert reconhece que a esperteza de Bell se sobrepõe a honestidade e apesar de tentar ajudar, o aluno não conseguiria mudar o seu caráter.
Anos mais tarde, o professor recebe de Bell uma carta com um convite para passar um final de semana na sua casa e repetir a competição de “Júlio Cesar”, o aluno se dizia um novo homem. Todos os alunos daquela turma, já formados, bem sucedidos, com suas famílias foram convidados.
O professor sentiu-se orgulhoso ao perceber que foi capaz de contribuir para formar o caráter e a honestidade daquele aluno, agora um grande homem. Porém ao realizar novamente a competição, Bell trai a confiança do professor, colando mais uma vez.
Hundert como professor ficou frustrado em relação a Bell, mas diante dos demais ex-alunos, que eram honestos, dignos de seus cargos importantes, de suas famílias, percebeu o valor de sua formação, e que é humano e pode errar tentando acertar. “Ninguém nasce feito. Vamos nos fazendo aos poucos, na prática social que tomamos parte.” (Paulo Freire)
O filme nos faz refletir sobre a importância da ética e da honestidade, valores tão deixados de lado na sociedade atual, onde predomina o egocentrismo. E que as pessoas não devem desistir dos seus objetivos, mesmo aparecendo inúmeros contratempos.


Por melhor que seja a escola ou o professor, o caráter e a personalidade são moldados pelo “berço” e, no decorrer da vida, os meios podem interferir, porém, o que de fato fica, são os exemplos, bons ou ruins, que recebemos de nossos pais. (autor desconhecido)


Psicologia II

Após as aulas presenciais, os textos propostos e as atividades aplicadas, compreendi melhor sobre algumas palavras que eu costumava usar como “passar, transmitir” e essas, “remetem a teorias que explicam de maneira diferente sobre como nós aprendemos, não se encaixando”, conforme palavras da tutora Marcia, no que realmente acredito e gostaria de expressar.
Hoje me recordo da educação tradicional que recebi, eu escutava, copiava e tentava executar o que o professor pedia, sempre em silêncio, sem questionamento, atitude e motivação.
Conforme as palavras do autor Fernando Becker no texto “Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos” compreendi melhor as teorias do conhecimento e o processo de construção da aprendizagem quando o professor parte da curiosidade do aluno considerando seus conhecimentos já adquiridos.
Acredito que a melhor forma de conceber a relação ensino/aprendizagem é a Pedagogia Relacional, o construtivismo, onde os alunos aprendem quando constroem algum conhecimento novo. E sendo sujeito ativo aprendem mais facilmente e quando necessário podem contar com o auxílio do professor, “corresponde a um sujeito ativo, isto é, um sujeito que assimila efetivamente o que está à disposição.”
Sendo instigado, questionado e desafiado pelo professor com algumas situações problemas o aluno se vê motivado a buscar novos conhecimentos.
“O professor precisa "aprender" seu aluno. E isso que lhe dá legitimidade para ensinar. O professor que não "aprende" seu aluno não adquire legitimidade para ensinar, salienta Becker.”
De acordo com Piaget: o indivíduo constrói e reconstrói continuamente as estruturas que o tornam cada vez mais apto ao equilíbrio.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Educação Especial

Inúmeras questões teóricas de processo de inclusão têm sido discutidas por todos nós num fórum da interdisciplina, no entanto percebemos que pouco se tem feito quanto a sua aplicação na prática. Contudo todos conseguem perceber que a inclusão só se efetivará quando acontecer transformações estruturais no sistema educacional.
Na aula presencial conversamos sobre a inclusão na teoria e na prática, sobre a preparação das escolas para receber as crianças. É notória a angústia que a maioria dos professores sentem por não ter preparo nem apoio para tal inclusão.


Leituras apresentadas:

História, Deficiência e Educação Especial de Arlete aparecida Bertoldo Miranda. “A fase da negligência ou omissão, que pode ser observada em outros países até o século XVII, no Brasil pode ser estendida até o início da década de 50. Segundo Mendes (1995), durante esse tempo, observamos que a produção teórica referente à deficiência mental esteve restrita aos meios acadêmicos, com escassas ofertas de atendimento educacional para os deficientes mentais.”

Jean Itard e Victor do Aveyron: uma experiência pedagógica do século XIX e suas repercussões de Luci Banks-Leite e Izabel Galvão. Educação especial e o medo do outro: attento ai segnalati! Claudio Baptista In: BAPTISTA, Claudio. Inclusão e escolarização: múltiplas perspectivas. Porto Alegre: Mediação, 2006.

Vídeo
http://www.youtube.com/watch?v=RN7WMDSdQKI


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Psicologia II

Nossa aula presencial foi desafiadora, fizemos uma atividade em grupo para complementar nossas aprendizagens sobre apriorismo, empirismo, e construtivismo, de acordo com o texto utilizado “Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos” do autor Fernando Becker. Em poucas palavras relatamos um acontecimento e este logo foi identificado por outro grupo como sendo construtivista. Existem três diferentes formas de conceber a relação ensino/aprendizagem:

  • Empirismo – Pedagogia Diretiva
    o professor fala e o aluno escuta;
    o professor dita e o aluno copia;
    o professor decide o que fazer e o aluno executa e
    o professor ensina e o aluno aprende.
    Nessa relação, o professor nunca aprende e o aluno nunca ensina.
    ESTIMULAR
    MOTIVAR

  • Apriorismo – Pedagogia Não-Diretiva
    A idéia do professor é de que o aluno aprenderá por si mesmo, sendo que ele poderá apenas auxiliar a aprendizagem do aluno, despertando o conhecimento que já existe nele.
    O professor interfere o mínimo possível.
    Qualquer ação do aluno é considerada, a priori, boa e instrutiva.
    É um trabalho a partir do laisser-faire: deixa fazer, o aluno encontrará o caminho.
    O aluno precisa amadurecer!
    “Esta epistemologia acredita que o ser humano nasce com o conhecimento já programado na sua herança genética” (BECKER, 2001, p. 20).
    FACILITAR
    AUXILIAR

  • Interacionismo/Construtivismo – Pedagogia Relacional
    O professor traz para a sala de aula algum material que, presume, tem significado para os alunos.
    Propõe que os alunos explorem o material.
    Esgotada a exploração do material, o professor dirige um determinado número de perguntas, explorando, sistematicamente, diferentes aspectos problemáticos a que o material dá lugar.
    Pode solicitar que os alunos representem – desenhando, pintando, escrevendo, fazendo cartunismo, teatralizando, etc. – o que elaboraram.
    A partir daí, discute-se a direção, a problemática, o material da (s) próxima (s) aula (s).
    Professor - compreende que o aluno aprende quando constrói algum conhecimento novo, precisando para isso agir e problematizar a ação.
    QUESTIONAR
    DESAFIAR


(Power point apresentado pela Prof.ª Jaqueline Picetti)


O conhecimento resulta das interações que ficam a meio caminho entre o sujeito e o objeto, dependendo dos dois ao mesmo tempo e não havendo trocas entre formas distintas (PIAGET, 1990).

Questões Étnico-Raciais na Educação

Para a aula presencial o professor Nilton Mullet pediu que levássemos um espelho. A primeira atividade era olhar e escrever o que estávamos vendo, o rosto, cabelo, olhos, sinais, tudo que quiséssemos descrever. A segunda, em grupo era escrever o que eu via no colega. Algumas pessoas foram convidadas para relatar o que escreveram sobre si e seu colega. Foi uma experiência única, um momento de descontração e compreensão das diferenças e semelhanças de cada um. Até aquele momento não tinha pensado na possibilidade de interagir com a outra pessoa de uma forma tão descontraída, simples e verdadeira.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Filosofia da Educação

Nossa aula presencial foi instigante, o professor me fez repensar sobre “o que pensamos e o que fazemos com o que pensamos”, mudei minha opinião sobre uma frase que há muito tempo ouvia “Gosto, cores e amores, se discute SIM”. Devemos ver o mundo de outra forma, superando o senso comum, desenvolvendo o “pensamento crítico”, a capacidade de argumentar e analisar conceitos num processo civilizatório.
Outra frase dita e ao mesmo tempo questionada pelo professor Luiz Carlos foi, “Tudo é relativo”. Então nenhuma preposição seria absoluta?? A verdade não existe! Ao dizer o que eu digo, eu desdigo o que eu digo. É um desafio...